Proteção das sementes de arroz contra pragas beneficia produtividade da lavoura

Bookmarked. View Bookmarked Content Add to bookmarks
Something went wrong. Please try again later...
Foto: AgroFilmes
Foto: AgroFilmes

Estratégias devem ser adotadas desde o início do ciclo da cultura para não prejudicar o estabelecimento inicial da planta. Escolher a época certa para semeadura é outro fator que contribui para aumentar a produção.

O cuidado com as sementes tem um papel fundamental na orizicultura. De acordo com Angela Da Cas Bundt, Engenheira Agrônoma da Corteva Agriscience, Pesquisadora e Líder Técnica de herbicidas para a cultura do arroz na América Latina, o potencial produtivo de uma planta é definido muito antes do plantio. “A partir do momento da semeadura, a semente fica totalmente exposta ao ambiente, podendo ser alvo do ataque de pragas ou da incidência de doenças, que podem prejudicar o desenvolvimento ou até mesmo inviabilizar essa semente, resultando em menor produção”, explica. 

Orlando Garcia Junior, Líder da Área de Tecnologia Aplicada a Sementes na América Latina da Corteva Agriscience, afirma que é preciso proteger as sementes dos problemas iniciais da cultura, como o ataque da bicheira-da-raiz, denominação comum atribuída às larvas de Oryzophagus oryzae, para que ela possa manifestar todo o seu potencial. “A bicheira-da-raiz destrói o sistema radicular do arroz, inviabilizando a absorção de nutrientes e consequente desenvolvimento das plantas. Após o estabelecimento da praga na lavoura, o controle por meio de inseticidas foliares é muito difícil, pois a larva permanece aderida às raízes das plantas”, esclarece.

Dermacor®, controle eficiente no cultivo do arroz
Para auxiliar os rizicultores a protegerem suas lavouras, a Corteva desenvolveu o Dermacor®, um inseticida para o tratamento de sementes de soja, milho, feijão, algodão, sorgo e, mais recentemente, de arroz. “Ele protege as sementes de arroz desde o contato com o solo até o pleno desenvolvimento vegetativo, proporcionando controle altamente eficiente da bicheira-da-raiz, independentemente do sistema de cultivo do arroz”, observa Orlando. Ele explica que o produto tem um perfil toxicológico mais favorável em relação ao padrão de mercado, sendo a recomendação de dose registrada entre 50 a 100 mL/100 kg de sementes, de acordo com a pressão da praga na área. Além do modo de aplicação em tratamento de sementes e a proteção contra pragas iniciais, o produto ainda traz outros benefícios ao agricultor como incremento da produtividade e ótimo vigor inicial.

O Dermacor® possui vários atributos que garantem a sua eficácia na lavoura de arroz, como bom recobrimento das sementes e alta absorção. Confira outras características importantes do produto:

- Controle com residual

- Manutenção do estande

- Maximização do potencial produtivo

Adubação nitrogenada
O nitrogênio é considerado importante em todas as etapas de desenvolvimento do arroz e reflete na produtividade da lavoura. Angela esclarece que as plantas só conseguem absorver o nitrogênio presente no solo, o que é insuficiente para suas necessidades. Por isso é preciso suplementar o nutriente por meio da adubação com ureia, principal fonte de nitrogênio na agricultura. A recomendação da Sociedade Sul-brasileira de Arroz Irrigado (SOSBAI) é fracionar o nitrogênio em três momentos – uma parte na semeadura e o restante na cobertura, com variações de acordo com o sistema de cultivo ou ciclo de cultivares.

O consultor André Matos afirma que o arroz é uma gramínea altamente responsiva à adubação nitrogenada. Ele preconiza que no manejo do nitrogênio é preciso ter uma ótima velocidade de irrigação para que o nutriente não seja perdido por volatização e seja possível extrair a máxima resposta da ureia aplicada em solo seco. “A estratégia hoje é fazer em torno de 60% da ureia (do nitrogênio) em solo seco e duas aplicações de 20% da dose já em lâmina d’água, de acordo com a resposta de cada cultivar”, comenta.

Foto: AgroFilmes
Foto: AgroFilmes

Radiação solar e semeadura
A alta produtividade na orizicultura também está ligada à radiação solar. Segundo Angela, durante a fase vegetativa, o sombreamento tem pouca influência sobre a produtividade. Porém, nas fases reprodutivas e de maturação, o sombreamento pode reduzir o número de espiguetas por panícula e a percentagem de grãos. “Assim, a semeadura do arroz deve ser programada para que o período reprodutivo ocorra nos momentos de maior incidência de radiação solar, compreendidos entre os meses de dezembro e janeiro”, orienta.

O aumento da produtividade e rentabilidade foi observado nos campos experimentais, onde foram utilizados os produtos seguindo corretamente as informações de dosagem e aplicação. O aumento de produtividade e rentabilidade depende também de outros fatores, como, por exemplo, condições de clima, solo, manejo e estabilidade do mercado.