Pré-plantio traz momentos de grandes desafios estratégicos

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Imagem de mão segurando uma panícula de arroz saudavél, ao lado um selo com o desenho de um produtor nas cores predominantes azul e verde. Abaixo está escrito "Produtor na Real".

Confira dicas de um produtor sobre como tomar as melhores decisões:

Chegou o tão esperado momento do ano para os produtores de arroz. O período é de semeadura, uma fase que requer um olhar atento ao mercado, mas também uma revisão do que foi planejado para a safra futura. Para entender melhor o contexto e os desafios, entrevistamos um produtor. Vamos compartilhar a experiência dele e algumas de suas orientações para assegurar a melhor performance. Nosso entrevistado é o administrador de empresas Caio Nemitz, do grupo Agro Nemitz, um dos grandes produtores de arroz na região oeste do Rio Grande do Sul. Na cidade de Manoel Viana, o produtor conta com 1.400 hectares de cultura do grão, além das áreas reservadas à prática de pecuária de corte e ao plantio de soja, milho e trigo.

Na propriedade de Nemitz, por conta da combinação de diversos fatores como elementos climáticos e a fisiologia vegetal de cada etapa de desenvolvimento do grão, a época que decidiram iniciar a fase de semeadura foi no final do mês de setembro, por volta do dia 25. O plantio, na sua propriedade e nas demais da região, deve ganhar ritmo acelerado na primeira quinzena de outubro, e a expectativa é concluir até o dia 20 do mesmo mês. Como a produção é focada no arroz agulhinha longo fino tipo 1, o sistema de plantio é de irrigação por inundação. “O arroz é um grão que exige muita água para sua formação. Temos diversos rios na região e, com a somatória das represas e barragens que construímos, é possível termos água suficiente para a produção de arroz tanto na nossa propriedade quanto de maneira geral na Região Oeste”, pontuou.

Cuidado da lavoura e o uso de sementes tratadas

O grupo Agro Nemitz preza pelo uso de sementes de boa qualidade em quesitos de germinação, vigor, entre outros aspectos. Contudo, além da escolha de uma boa semente, é necessário protegê-la. O tratamento de sementes é uma prática adotada em 100% da área de cultivo. E para um controle efetivo de pragas, a Agro Nemitz usa o sistema de manejo integrado, fazendo o acompanhamento durante todo o ano e não apenas na fase de cultura. No quesito de plantas daninhas, usufrui de pré-emergentes, o que está ajudando a melhorar o nível de controle das plantas indesejadas.

O representante técnico de vendas (RTV) da Corteva Agriscience Artur Kirst destaca que a adoção do sistema de manejo integrado é uma das mais eficientes maneiras para o controle de plantas daninhas. Isso porque não expõe a tecnologia de uma só vez, mas sim de maneira racionalizada. “O cliente é orientado em relação ao momento e dosagem correta de aplicação, o que garante a melhor perfomance dos produtos, especialmente em relação às plantas daninhas”, afirmou.

O uso de produtos para controle de pragas é realizado a partir de um planejamento montado em conjunto com a Corteva Agriscience, que envia uma equipe técnica para analisar a área e apoiar no processo de seleção e escolha dos produtos. Afinal, o manejo inclui o adequado uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação e uso correto dos pré e pós-emergentes. A Agro Nemitz utiliza o herbicida Ricer®, com função pré-emergente, visando a supressão do banco de sementes de plantas invasoras, principalmente de cyperáceas, o que colabora para uma lavoura mais limpa no futuro.

“A lavoura de arroz tem um custo alto e uma alta produtividade, temos que nos atentar em todas as fases do plantio. Por conta disso, o manejo integrado de controle de pragas é um ponto importante: ele faz parte da proteção desse ciclo”, destaca Nemitz. “É uma prática que exige uma dedicação intensa em toda sua fase produtiva para que a planta expresse todo seu potencial e nós consigamos atingir a meta estabelecida”, completou.

O mercado de arroz

Para Nemitz, o arroz talvez seja a cultura que mais sofre internamente na questão de oferta e demanda. “É algo a ser regulado futuramente e nossa esperança é de que o mercado internacional de arroz siga valorizado para que possamos, mesmo com os custos atuais, sermos competitivos no exterior”, diz o administrador. “A maior dificuldade atualmente é baixar os custos e se manter competitivo. Não é uma tarefa fácil, mas temos bons exemplos que estão conseguindo e a meta é essa: ter uma lavoura com bons custos e boa eficiência”, concluiu.