O uso de herbicidas direcionado para o controle de plantas daninhas em pastagens, na maioria dessas plantas daninhas de espécie dicotiledônea (folhas largas), traz certos conceitos práticos e teóricos relacionados à melhor forma da qual devemos implantar determinadas tecnologias ou modalidades de aplicação, considerando dentro da segmentação das diversas plantas daninhas como: plantas anuais, bianuais, lenhosas, semilenhosas e as palmáceas. Dessa forma, estabelece-se qual a melhor metodologia a ser trabalhada de acordo com seu perfil.
Aplicar herbicida de forma errada é sinônimo de prejuízo, gerando desperdício de produto, baixa eficiência sobre o alvo e aumento de custo para o cliente.
Dentro das modalidades de aplicação de defensivos em pastagens, destacam-se as seguintes metodologias: aplicação foliar, aplicação no toco (método que exige aplicação imediata do defensivo logo após o corte da planta) e aplicação basal.
Esse método pode ser dividido em aplicação foliar localizada ou aplicação em área total.
A aplicação localizada pode ser realizada via equipamentos costais, método que exige capricho, porque é basicamente tratado planta a planta.
Dessa maneira, é um método bastante eficiente no controle das plantas; por ser selecionado e direcionado, as plantas recebem um melhor molhamento e uma maior cobertura do herbicida.
A aplicação em área total é um método que pode ser realizado utilizando equipamentos como pulverizadores, acoplados ou engatados a tratores, e/ou aplicação aérea utilizando equipamentos com aeronaves tripuladas e não tripuladas (aviões, helicópteros e drones). Esse método de aplicação, além de trazer tecnologias, comporta melhor rendimento e praticidade ao pecuarista. Todavia, como todas as metodologias de aplicação exigem fatores climáticos favoráveis para melhor qualidade e assertividade perante as recomendações dos herbicidas, observar o estado fisiológico das plantas antes mesmo de iniciar uma aplicação é fator primordial na entrega dos resultados. (Figura 1)
Figura 1: metodologia de aplicação foliar: (A) aplicação em área total via aeronave; (B) aplicação localizada com equipamento costal; (C) aplicação em área total via tratorizado
Geralmente essa metodologia é direcionada para o perfil de plantas para as quais não há controle na modalidade foliar. Esse método é mais indicado para plantas lenhosas, o qual traz eficácia quando aplicado corretamente. Nesse sentido, a maneira para se obter resultado positivo nessa metodologia baseia-se em uma aplicação dirigida no caule da planta em toda sua circunferência: utiliza-se uma ponta de pulverização de jato tipo cone cheio, preferencialmente de jato com ângulo variável, regulado com o menor ângulo possível em formato cônico, aplicando em 1/2 a 1/3 inferior das plantas infestantes em todo o perímetro do caule, até atingir o ponto de escorrimento. Como exemplo, em uma planta infestante de 1,5 m de altura, deve-se aplicar no 1/3 a 1/2 inferior do caule, ou seja, nos 50 a 75 cm inferiores da planta infestante, tomando-se como referência o nível do solo. O produto a ser recomendado para esse método é o TOGAR TB, especificamente registrado. Recomenda-se de 6 a 8% v/v do produto diluído em óleo diesel; a água não é eficiente como veículo para transportar os ativos , uma vez que a barreira a ser rompida para penetração na planta é a casca do caule, a qual possui um material mais espesso e é muitas vezes suberificada e corticosa. Sendo assim, uma solução aquosa não proporciona a desejada penetração. (Figura 2)
Figura 2: aplicação basal
Dentro desta mesma metodologia (aplicação basal), pode-se também realizar o controle das palmáceas, especificamente algumas espécies como pindobas, utilizando o mesmo produto TOGAR TB, o qual deve ser aplicado com bomba costal manual dosadora no meristema apical das plantas, ou seja, no ponto de crescimento das folhas (região central) quando estas não apresentarem tronco visível junto ao solo. O produto, diluído em diesel, deve ser aplicado no volume de aproximadamente 10 mL por metro de altura de folhas. Por exemplo, uma planta com 1 m de altura de folhas deve receber 10 mL da solução no ponto de crescimento; se a planta tiver 2 m de folhas, aplicar 20 mL, na dose de 6 a 8% v/v diluído em diesel. (Figura 3)
Também pode ser utilizado o Garlon (Triclopir-Butotilico); deve-se diluir 5 litros em 95 litros de óleo diesel. Aplicam-se 5 mL em plantas jovens e 10 mL em adultas, na gema apical de plantas sem caule emitido. Usa-se costal manual dosador.