A proteção de culturas avança em benefícios dos agricultores, da sociedade e do meio ambiente.

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Há cerca de 13 mil anos, as pessoas mudaram radicalmente a forma como viviam. Depois de quase 200 mil anos como caçadoras-coletoras, elas começaram a cultivar a terra. Esse fenômeno aconteceu simultaneamente em diferentes partes do mundo, indicando que a humanidade estava começando a pensar sobre a alimentação de forma diferente. Plantas e animais estavam sendo domesticados. As pessoas passaram a permanecer em um lugar para trabalhar a terra, formando assentamentos e depois cidades. Os historiadores acreditam que a agricultura provavelmente dava mais trabalho do que a caça e a coleta, mas pode ter fornecido até 100 vezes mais calorias por acre.1 Mais alimentos poderiam sustentar maiores densidades populacionais. As cidades cresceram e as civilizações começaram a florescer.

Desde então, a agricultura vem avançando e a proteção de culturas vem desempenhando um papel importante para ajudar ela a ser mais produtiva. Os agricultores aprenderam rapidamente que quanto mais conseguissem reduzir o impacto das adversidades – insetos, nematoides, plantas daninhas e doenças – mais alimentos conseguiriam produzir.

Aprendizagem, adaptação e grandes avanços na ciência

Os antigos sumérios deixaram o primeiro registro da prática de proteção de culturas. Em 2.500 a.C., eles usavam compostos de enxofre para controlar insetos, uma prática que ainda é usada em algumas culturas orgânicas. Cerca de 2.000 anos depois, os chineses usavam formigas predadoras para proteger as suas culturas cítricas. Os agricultores também começaram a aprender sobre o impacto do clima e da temperatura nas populações de insetos e procuraram formas de determinar o melhor momento para plantar de forma a evitar infestações e danos por insetos.2 As plantas daninhas foram controladas com métodos de cultivo, como a otimização do espaçamento entre plantas. E, claro, havia muito trabalho humano, como arrancar plantas daninhas e remover insetos manualmente.

Ao longo dos séculos, a ciência forneceu mais insights e ferramentas. Cientistas agrícolas e agricultores experimentaram novas ideias para o controle de pragas, incluindo a utilização de subprodutos da Revolução Industrial, como o alcatrão de carvão. No entanto, eles não eram muito eficazes ou ecologicamente corretos. Em meados do século XX, os cientistas desenvolveram novos pesticidas de base química. Esses produtos fizeram parte da Revolução Verde, que resultou em enormes melhorias na produtividade agrícola.

Nova compreensão e inovação

A década de 1960 inaugurou uma nova era de compreensão sobre como o uso indevido de pesticidas pode afetar os seres humanos e o meio ambiente, lançando um período inovador de descobertas que revolucionária o controle de doenças, insetos e plantas daninhas nas plantações.

O controle eficaz de pragas e plantas daninhas depende de ingredientes ativos eficazes. Ingrediente ativo é a parte do produto que produz um efeito diretamente, como por exemplo um produto químico que mata uma planta daninha. Em 1960, havia cerca de 100 ingredientes ativos de proteção de culturas disponíveis para os agricultores. Hoje, são cerca de 600. Os produtos em 1960 representavam apenas 15 grupos químicos, mas hoje representam mais de 40.3 Este enorme aumento de opções significa menos risco de resistência, de modo que os inseticidas, nematicidas, fungicidas e herbicidas podem ser mais eficazes e útil por mais tempo. Durante esse mesmo período de 60 anos, a maioria dos pesticidas mais utilizados foram substituídos por produtos mais eficazes contra pragas e com melhores perfis ambientais e de saúde humana.3